Sophia
Das leituras pós-férias fiquei ainda com dois poemas escritos no papel, com ideia de os reproduzir aqui. O tempo livre não tem aparecido, pelo que ainda não tinha sido. (Estou de novo muito atarefado). Gostei do livro, "Dia do Mar":
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim,
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão profundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho,
Que momentos há em que eu suponho
Seres um liagre criado só para mim.
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Dei-te a solidão do dia inteiro,
Na praia deserta, brincando com a areia,
No silêncio que apenas quebrava a maré cheia
A gritar o seu eterno insulto,
Longamente esperei que o teu vulto
Rompesse do nevoeiro.
Sophia de Mello Breyner Andresen
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