London

Dias com sol, frio q.b. para se sentir o Outono, as folhas semi-amareladas, apetite para uma bebida quente no parque.
É bom quando os afazeres do dia acabaram às três da tarde, e se pode aproveitar o sol. Comprar uma sandwich no café do parque, substituir o almoço e apreciar o capuccino na esplanada do café, vista para o parque, para as pessoas que passam, imaginar as vidas que levam ou simplesmente observar o verde da relva, das árvores e as pessoas incógnitas na tarde calma. Ao telefone, em português, a celebrar um evento muito esperado (ainda que à distância), parabéns, como foi, correu tudo bem, saber os detalhes, interromper quando um esquilo passa mesmo aqui ao pé, e desata a correr quando um cão decide que achou um brinquedo novo que mexe, e sobe tronco acima até meio da árvore, voltar à conversa, partilhar da felicidade de terminar aquela etapa comum, e de começar outra por caminhos diferentes mas não longínquos. Longe de casa, mas curiosamente com o sentimento de que estou no sítio certo, com a excitação dos projectos futuros, sentir que esse futuro começa já amanhã (ou até hoje), aperceber-me das mudanças e saber apaziguar as saudades dos que estão longe (mas sempre aqui), estar feliz com as perspectivas que se avizinham e não ter pressa (finalmente), porque este aqui e agora fazem mais sentido do que nunca. Londres.