Planos

Os meus planos para estes últimos dias de Agosto (que espero solarengos!) tentam juntar passeio, férias e festa.
Durante esta semana que passou estive a dar uma ajuda aqui na papelaria da minha rua, da minha vizinha, portanto, por isso foi uma semana "de trabalho". Amanhã é aproveitar o dia (se estiver quente... e parece que vai estar) na piscina, com a malta de cá, porque na segunda-feira chega malta de lá. Vou receber amigos que conheci em Lisboa (mas que não são de lá... foram lá parar, como eu, em busca do conhecimento), e que ficam cá até ao fim do mês (ou pelo menos assim está previsto). Talvez venha também a Banshee (de boleia), para brincar com o Tigre (que está muito maior, e morde tudo o que aparece... ainda passa os dias a comer, dormir e brincar muito, com tudo o que vê)... não sei como será a recepção dele, mas (se ela vier) vamos a ver...
Depois, no dia 1, começo a Escola de Astrofísica e Gravitação, que marca o fim do verão porque as aulas começam poucos dias depois.

Já agora, bem-vinda Dulce ao meu blog! Espero que venhas para ficar... eu já li o que escreveste nos três primeiros meses do ano... quando souber o que mais escreveste até agora, comento lá no teu canto, onde há muito mimo e maresia...
E ainda: boa sorte, Ana, para o que estiver para vir (bem como a outros na mesma situação).
Aproveitem Agosto, se puderem, como eu vou aproveitar :)

Serra d'Ossa (era uma vez)

Antes de mais, quero dizer que estou bem, e que não ardeu nada das minhas coisas. Já tive telefonemas, e-mails, comentários aqui no blog, tudo a perguntar como eu estava. Obrigado pela preocupação... fiquem descansados, estou bem (de saúde).

De facto, não estive no Redondo quando esteve tudo negro (literalmente!), pois fui passar uns dias a casa da minha irmã (perto de Sintra). Fui na segunda de manhã, e quando cheguei a Lisboa ouvi dizer que havia fogo na Serra d'Ossa. Fiquei preocupado, claro, já que nunca tinha havido incêndios na Serra desde que me lembro (ou melhor, nada de preocupante, como aconteceu desta vez), e a maioria das pessoas cá do Redondo dizem que não se lembram de nenhum incêndio preocupante ali; até porque havia uma delegação da Portucel, que tinham bombeiros deles sempre ali, e acabavam com qualquer problema rapidamente. Só que este ano terminou um contracto de 50 anos que a empresa tinha de exploração da Serra... (hem, hem?)

Voltei ao Redondo hoje. Mas foi uma aflição, enquanto estive longe, quase pior do que se estivesse aqui, já que cá estava a par de tudo, e em Sintra só sabia novidades através da Sic Notícias com pouca periodicidade.

Cinco dias de tristeza chegaram para ver desaparecer o pulmão verde desta zona. Primeiro, Estremoz, Borba, Alandroal, depois aqui mais perto do Redondo. A Aldeia da Serra, do nosso concelho, teve de ser evacuada (bem, houve planos para isso mas as pessoas preferiram ficar, ao que sei). Todas as noites tem havido reacendimentos, parece que hoje já está (passou agora aqui na rua uma amigo meu que é bombeiro e foi o que disse).

Hoje quando cheguei vi as montanhas negras, ardidas, tristes, sem vida. Nem quero imaginar o que foi dos animais. Javalis e águias, estas que vieram da zona do Alqueva quando lhes inundaram a casa, não sei o que foi deles. Casas, terras, tudo. A Serra ardeu. Cinco dias de angústia e grande preocupação tanto cá como eu lá mais longe.

Todos os anos se repete o mesmo filme (como no Natal, quando as televisões passam sempre o Sozinho em Casa), no verão é o dos incêndios. Este ano vi-o perto de mais do sítio onde vivo, e é muito mau. Espero que os incendiários sejam apanhados... calor sempre houve e os incêndios são cada vez mais, por isso não me contem histórias.

Tigre

Temos mais um residente cá em casa... chegou de forma inesperada (e, claro, não planeada), e andamos a tentar criar-lhe hábitos (if you know what I mean ;) ).

Chegou na quinta-feira (dia 3), primeiro dia das Festas de Agosto (as festas populares cá do Redondo). Eu fui por acaso à varanda e comecei a ouvir um gatinho pequeno miar na rua (miu, miu...). Desci, fui à rua e não via nada. Continuei a ouvir o som e cheguei perto de uma carrinha. Percebi que o bicho tinha de estar algures metido entre o motor do carro. Não seria uma surpresa para mim que um gato viajasse desta maneira, já que há alguns anos o meu gato tinha-se enfiado na carrinha do meu vizinho quando ele foi trabalhar de manhã... ele reconheceu-o quando chegou ao campo onde trabalhava, a cerca de 10 km do Redondo, e meteu-o numa saca e o bicho voltou à hora de almoço.
Fui ao café aqui ao lado ver se havia algum senhor que fosse o dono da carrinha. Lá houve um que se acusou, e foi abrir o capot a dizer que tinha a certeza que não podia ser, porque um gato não conseguia vir ali sem morrer com o motor a funcionar. Lá lhe contei a história do meu gato, mas ele continuava teimoso. Lá procurámos (já tinha o pessoal cá de casa todo à volta da carrinha à procura do dito gato), e a minha Mãe lá descobriu uma coisa preta com uns grandes olhos a olhar cheio de medo. Esperei um bocado que o motor arrefecesse, chamámo-lo para vir para fora, mas nada. Depois enfiei a mão lá para o meio e terei o bendito gato. Cinzento tigrado, pequenino (deve ter menos de dois meses), vinha com as patas da frente no ar, muito satisfeito por alguém o ter tirado dali. Adorou o aconchego do colo (fiquei com a t-shirt toda suja, claro), e levámo-lo para casa. Fartou-se de comer, e por cá ficou nessa noite.
No dia seguinte (sexta) a minha mãe ainda foi falar com o dono da carrinha, que estava outra vez no café, a ver se lhe arranjava destino (coisa que eu tinha também feito na quinta-feira, já que não queríamos ficar com um animal, depois de tudo o que se passou com os nossos outros durante o ano passado), e percebeu que o gato não teria bom destino se o deixássemos ir quem o tinha trazido ("à boleia, mas sem consentimento").
Então ficou decidido. Cá ficou. Depois tínhamos de arranjar um nome. Telefonei à minha irmã a contar do novo "piqueno" cá de casa, enviei-lhe um email com esta fotografia e um vídeo dele a brincar no quintal, e comecei a procurar possíveis nomes. Finalmente decidimo-nos por Tigre. E assim ficou.
O raio do bicho é que parece ter gostado da experiência do motor da carrinha: mete-se cada vez que pode nos buracos dos carros cá de casa, que estão estacionados na garagem-quintal. Mais cuidados para nós, que temos de ver se ele lá não está cada vez que saímos com um carro. Enfim,... agora tem de aprender a usar certos sítios para fazer algumas coisas, e perceber que não se podem fazer noutros lados. Não é preciso dizer que passa os dias a intercalar o sono com muita brincadeira com o que quer que apanhe, incluindo o próprio rabo.

Mais férias

Serão compridas, já o soube.

Tinha planos para Agosto, mas houve quem me trocasse as voltas. Por isso, resta-me outro mês de férias, até Setembro (quando tenho a Escola de Verão de Astrofisica).

Tenho passado os dias na piscina (muito), a jogar às cartas com os amigos de cá, e a fazer outras parvoíces, a ler (menos do que esperava) e a descansar.

Como não há postais no Redondo (!), nem sequer tenho podido enviar nada por PostCrossing (não tenho podido ir a Évora comprar postais), e por isso também não tenho recebido. Ora bolas...

Por agora fico assim. Depois logo darei notícias, quando as houver.